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Recomeço

  • Foto do escritor: Aline Castanhari
    Aline Castanhari
  • 18 de set.
  • 2 min de leitura

Faz tempo que ando ausente. Longe de amigos, familiares, longe de mim. Faz tempo que a sobrevivência se tornou um fardo e a minha única preocupação. A vida dá sinais. É quase como se houvesse, realmente, algo previamente traçado e nós só seguíssemos o script. Mas aí queremos ser mais forte, donos do próprio destino, queremos controle. E já não sei até que ponto esse nadar contra a corrente é útil.


Em várias vertentes espirituais encontramos a importância e a necessidade da entrega. Há uma significância imensa aí. É sobre adaptação, é sobre fluidez, é sobre sintonia e fé, acima de tudo, fé. Sinto que nos últimos meses, desde que cheguei no Brasil, tenho ido contra isso. E remo em círculos.


Nesta semana, assim com a representação do arcano O Enforcado do tarot, uma iluminação me atingiu. Não aquela iluminação mística ou sagrada, mas aquela iluminação custosa a qual atinge aqueles que dão tudo que poderiam dar, e tentam tudo o que poderiam tentar. “O caminho certo só foi possível porque o errado estava fechado“. Essa é uma frase que sempre permeou a minha vida. Hoje ela me atinge como um raio. E começo a entender. E começo a aceitar. Com isso, a partir disso, uma paz gigante me invade, como há tempos não me invadia.


A vida é tentativa e erro. Só vamos saber se tentarmos. E por maior que seja o cansaço, nada é mais difícil do que insistir no caminho que não nos pertence. Mais do que nunca sei que o que é nosso vem ao nosso encontro. Sempre. E assim, começo a me despedir de Curitiba e do Brasil.


É sempre tempo de recomeçar.


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